Culto aos Orixás: patrimônio imaterial brasileiro.

Os Estados Gerais da Cultura colocam em pauta a importância cultural e histórica das religiões de matriz africana. Culto aos Orixás é tema para uma boa prosa entre cinco convidados, sobretudo pelo viés do titulo: patrimônio imaterial do povo brasileiro, especialmente pelo destaque do sincretismo.

Luzia Cruz Pereira – Conhecida na Umbanda como Luzia de Iemanjá e no Candomblé com Luzia Omindewá ou só Omindewá. Aos 17 anos começou na Umbanda (hoje tem 63 anos) e em 1981 fez iniciação no Candomblé e daí por diante permaneceu por mais de 30 anos no Ilé de iyá Omindarewá até a morte dela. Em 1994 fundou o Centro de Umbanda, com conhecimento de Iyá. Em 18 de junho de 1994 nasce o Centro Espírita e Cultural Recanto de Oxalá, “aonde cultuo com todo Amor a minha Umbanda querida. Hoje tenho 40 anos de iniciada no Candomblé e 47 de Umbanda”.

Luiz Rufino – Professor da UERJ-FEBF (Faculdade de Educação da Baixada Fluminense) vinculado ao Departamento de Ciências e Fundamentos da Educação. Autor de 6 livros e dezenas de artigos sobre educação, crítica ao colonialismo, relações Étnico-raciais, culturas e filosofias populares brasileiras. Para saber mais sobre Luiz Rufino clique aqui

Professor Pós-Doutor Babalawô Ivanir dos Santos- É autor do livro “Marchar Não é Caminhar:  interfaces políticas e sociais das religiões de matriz africana no Rio de Janeiro”, atualmente é Pós-Douor em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHC/UFRJ).  Pesquisador e coordenador de área de pesquisa no Laboratório de História das Experiências Religiosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LHER/UFRJ). Membro da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). Conselheiro Estratégia do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP).

Maria Cristina Mendes – Mãe Pequena do Terreiro Pai Maneco, do qual participa como médium desde 1992; além da participação nos trabalhos mediúnicos, atua na organização de publicações e na gravação de pontos cantados. Professora no Programa de Pós-Graduação CINEAV – FAP/ UNESPAR e do curso de Licenciatura em Artes Visuais – DEARTES/ UEPG. Tem Doutorado e Mestrado em Comunicação e Linguagens na UTP/ PR (2014 e 2010), Especialização em História da Arte do século XX (2000) e Graduação em Pintura na EMBAP/ PR (1984). É membra da SOCINE e da ANPAP. Participa dos seguintes grupos de pesquisa: Eikos: imagem e experiência estética; Educação, Trabalho e Sociedade; INTERART – Interação entre arte, ciência e educação. Desenvolve pesquisa em Adaptação cinematográfica, Poéticas Artísticas e Arte-Educação.

Lucilia Guimarães – É foto jornalista desde a década de 1970, atuando hoje na Comunicação Social da prefeitura de Curitiba. Em 1988 participou com seu pai, Fernando Guimarães, da criação do Terreiro Pai Maneco; foi cruzada Mãe de Santo em 1999 e desde 2012 é a dirigente espiritual do Terreiro. Participa de vários movimentos contra a intolerância religiosa, promove eventos culturais e criou o movimento “Bandeira da Amizade”, uma forma de aproximar e estabelecer laços entre as casas de Umbanda de Curtitba. Pesquisou a história da religião in loco, participando, na década de 1990, de trabalhos com D. Zulmeia e D. Zélia, filhas do criador da Umbanda, Zélio de Morais, promovendo uma história que é hoje repostada em vários sites de Terreiros. Por diversas vezes levou médiuns do Terreiro Pai Maneco para conhecer a Festa da Boa Morte, na cidade de Cachoeira, na Bahia, maior exemplo de sincretismo religioso do Brasil. É uma batalhadora da cultura dentro da religião, por acreditar que esta é a grande saída para levar o conhecimento sobre a Umbanda.

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