O Dandô, circuito de música Dércio Marques, foi idealizado pela cantautora, paulista de nascimento, de mãe mineira e pai alagoano, Katya Teixeira. É importante reconhecer que o coletivo se consolidou com o apoio de muitos, artistas, instituições, produtores culturais, mobilizadores locais que gostam de arte, sobretudo a musical neste imenso país.
O trabalho foi de ‘formiguinha’, mas também necessária para reforçar o sentido da genialidade deste circuito que se estabeleceu, na verdade, como uma Rede de Afetos ( como refere-se Katya) na “forma de que a música é uma representação do dia a dia das pessoas, de como fortalece como identidade brasileira, de coletivo”.
Dandô reúne cantadores e músicos de várias gerações, estilos e culturas de diferentes lugares do Brasil e dos países parceiros da rede.
“Dandô vem do linguajar popular brasileiro dos “pretos velhos”. Dandar, andar, dar os primeiros passos”. As pessoas mais velhas tinham no passado o hábito de falar “danda neném, danda até mamãe”. O circuito batizou o projeto com uma poética popular e também em referência a canção de João Bá e Klécius Albuquerque “Dandô – Circo das Ilusões, que junto com a canção “Roda Gigante”, de Guru Martins formam uma outra canção chamada Canto dos Ipês Amarelos, gravada por Dércio Marques nos anos 80.