Nos están matando. Que o mundo saiba!

Colombia pede socorro: “Nos están matando. Que o mundo saiba!

O apelo é feito por artistas, intelectuais e cidadãos com o objetivo de mostrar ao mundo e expor aos órgãos internacionais o que está acontecendo na Colômbia. Os Estados Gerais da Cultura solidarizam-se com os ativistas em defesa dos direitos humanos e realizam uma edição especial no sábado, às 17h, para dar visibilidade e denunciar as atrocidades cometidas por governos neoliberais e neofascistas.

A edição extra do encontro de sábado abriu uma pauta para debates sobre a situação política de governos autoritários na América Latina. É urgente que se faça algo para salvar nossos irmãos colombianos, chilenos e salvadorenhos dos ataques praticados por desmandos da extrema-direita, principalmente nos países do terceiro mundo. O debate será realizado em caráter excepcional um dia antes do tradicional encontro, desta vez o 38o. sobre Culturas Populares: Um Brasil Profundo, todos os domingos às 17h.

São convidados dos Estados Gerais da Cultura Francisco Prandi, sociólogo e mestre em Sociologia pela USP e músico. Marisol Molina, ativista e Observadora de DDHH, encarregada orgânica do partido comunista de Los Ríos y Educadora de Párvulos de Profesión e integrante da Rede Continental de Solidariedade. Judith Cartagena Ospina, poetisa e amante da liberdade. É também jornalista diretora do La Chambrana, programa que mantém um canal no Youtube, nas redes sociais, nos quais realiza o trabalho de comunicadora para o Eje Cafetero, Valle del Cauca e outras regiões da Colômbia. Sebastian Calderon, Professor Universidad Pedagogica Nacional, em Bogota. Mais a cantora e ativista dos direitos humanos, colombiana Salomé Valdés e o brasileiro Paulo Cannabrava, jornalista e agitador cultural.


Francisco Prandi

Francisco Prandi é sociólogo, mestre em Sociologia pela USP e músico, participa da rede de músicos Dandô. Fará apresentação na edição extra dos Estados Gerais da Cultura neste sábado(08), às 17h, sobre Nos están matando. Que o mundo saiba!.

A edição extra do encontro de sábado abrirá uma pauta para debates sobre a situação política de governos autoritários na América Latina. É urgente que se faça algo para salvar nossos irmãos colombianos, chilenos e salvadorenhos dos ataques praticados por desmandos da extrema-direita, principalmente nos países do terceiro mundo. O debate será realizado em caráter excepcional um dia antes do tradicional encontro, desta vez o 38o. sobre Culturas Populares: Um Brasil Profundo, todos os domingos às 17h.

Salomé Valdés

A cantora Salomé Valdés é estudante de Sociologia na Universidad Nacional de Colombia, Bogotá. Bordadeira, ativista e feminista. Participou do encontro especial sobre ‘Nos están matando. Que o mundo saiba! sobre o massacre praticado em Cali, na Colômbia, nesses primeiros dias de maio. Salomé e a amiga e cantora Mikhaela Olarte interpretaram a canção Vivaelparonol

Viva el Paronal

A edição extra do encontro de sábado abriu uma pauta para debates sobre a situação política de governos autoritários na América Latina. É urgente que se faça algo para salvar nossos irmãos colombianos, chilenos e salvadorenhos dos ataques praticados por desmandos da extrema-direita, principalmente nos países do terceiro mundo.

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Vale colocar aqui um texto da cantora colombiana Martha Elena, amiga do Dandô, rede de músicos, sobre o episódio de Cali.

DETONACIÓN
Madrugada 3 de mayo, 2021

Escribo mientras la orden implacable
Escribo mientras el grito espeluznante
Escribo mientras la bala asesina
Siloé Cali Colombia,
Aldea, Comuna, Universo.
Escribo mientras la abuela suplica desde la ventana
y una ráfaga uniformada perfora la sien de quien ha puesto el cuerpo del hambre.
Escribo mientras miles de corazones
laten a millón y otros miles no duermen y se retuercen por los que están ahí afuera.
Escribo por los que prefieren morir en la protesta a vivir en la miseria con el sabor ahogado de sus sueños.
Por quienes con las esperanzas rotas
se lanzan a la muerte con el dolor de la injusticia en la garganta.
Escribo por los años del olvido
por las migajas que no solucionan el hambre
por los desplazados sin tierra
por la tierra desplazada.
Escribo para mantenerme de pie frente a la vida, sumar la canción, la luz, el rezo,
sanar el odio, sembrar con todos,
con el labriego, con la maestra,
con el gestor, con el obrero,
con las abuelas, con los infantes, con las manos comuneras.
Escribo porque es el tiempo de levantar la Matria.

Martha Elena Hoyos
Colombia