Barbatuques

O grupo Barbatuques estará com os Estados Gerais Cultura esbanjando talento em performance e música num encontro imperdível que reunirá a filósofa Marcia Tiburi e o professor João Cézar de Castro Rocha para discutir que futuro queremos para nós. Vivamos com arte e utopia!

Reconhecidos pela sua linguagem única de percussão e música corporal, o grupo Barbatuques tem mais de duas décadas de atividades artística e pedagógica pelo mundo. O músico, pesquisador e educador, Fernando Barba (1971 – 2021) foi o criador dessa história. A música do grupo é produzida apenas com o corpo: palmas, estalos, vozes, pés e diversas outras técnicas que criaram, resultando em uma sonoridade singular e impactante.

No palco, o Barbatuques traz um show com repertório especial, que circula por todos os trabalhos já lançados pelo grupo. Clássicos dos primeiros discos como Baianá (hit que ganhou o mundo), Barbapapa´s groove, Carcará e Baião Destemperado, juntam-se ao repertório mais recente que traz músicas como Ayú, Skamenco, Kererê e Você Chegou (Rio 2). Um apanhado rítmico que representa a sonoridade do grupo desde a sua criação. O grupo se apresenta pelo mundo, fazendo shows para todos os públicos, oficinas e atividades pedagógicas para perfis variados e projetos para crianças.

Entretanto, a música do Barbatuques alcançou grandes voos e foi além dos palcos – dos mais de 30 países quejá se apresentaram, estão em trilhas sonoras diversas no cinema, em séries para TV, publicidade e jogos, estão nas pistas de dança pelo mundo, embaladas por grande DJs, como Alok, e também em diversas versões remix. Entre os eventos que participaram, vale citar a cerimônia de encerramento das Olimpíadas Rio 2016, a Copa do Mundo da África (2010), tantas edições do International Body Music Festival (EUA), Europalia (Bélgica) e Lollapalloza Brasil. A linguagem musical desenvolvida pelo grupo contribuiu significativamente para a difusão da música corporal, tornando-se ainda uma importante ferramenta pedagógica.


A sonoridade do Barbatuques mostra uma sobreposição de estilos e estéticas, passando pelo baião, coco, samba, maracatu, rap, afoxé, funk, carimbó, toré indígena, choro, rock, beatbox, kecak e a música africana. São canções e músicas “instrumentais” que exploram a fonética, aspectos rítmicos, harmônicos e melódicos. Variando entre o erudito, a tradição popular brasileira e o pop contemporâneo.
O Barbatuques leva a música corporal pelo mundo sempre surpreendendo o público, comouma orquestra corporal ou uma banda que toca da cabeça aos pés.
DISCOGRAFIA Barbatuques
Só + 1 Pouquinho (2018, infantil)

“Ayú” (2015, participações de Hermeto Pascoal e Naná Vasconcelos, disco indicado ao
prêmio da música brasileira.
“Tum Pá” (2012, infantil)
”O seguinte é esse” (2005)
“Corpo do Som” (2002)
DVDs:
“Corpo do Som ao Vivo” (2007, com documentário)
“Tum Pá, ao vivo” (2014)
Canais Barbatuques:
www.barbatuques.com.br
www.instagram.com/barbatuques
www.youtube.com/barbatuques
www.facebook.com/barbatuques
www.twitter.com/barbatuques

Nossa homenagem a Bira Carvalho, o poeta da fotografia

foto by Bira Carvalho- todos os direitos reservados

Bira Carvalho partiu sem nos dar tempo para despedidas. Sabia ele, na sua simplicidade existencial, que despedidas são dolorosas e resolveu sair rapidamente de cena, assim como foi ágil e sensível em descobrir que a arte seria bálsamo e caminho para superar as limitações como cadeirante, em consequência de um tiro que levou na juventude. Grande artista, poeta da fotografia que colocou a favela em pauta ao retratar com carinho e paixão o lugar onde sempre viveu, a favela Nova Holanda, a rua, basicamente todo o Complexo de Favelas da Maré.

foto by Bira Carvalho/ Prêmio Pipa

Num depoimento emocionante, Bira Carvalho deixou claro que a arte é o caminho e a cura. “Eu, com a fotografia e com a arte comecei a perceber belezas aonde eu nem sempre via, na minha família, na favela onde moro, em mim mesmo”, falou Bira no vigésimo encontro dos Estados Gerais da Cultura. O seu trabalho colaborou no processo de colocar nas mãos dos moradores a narrativa da favela e não sendo feita por pessoas de fora. Para ele foi a grande revolução, silenciosa, porém potente. “O morador de favela se reconhece como morador da favela, que antes tinha vergonha, agora se vê belo, sendo ‘black’, gosta da cultura produzida na própria favela e também curte outras (…). Quando você começa ter acesso a isso, acontece o enraizamento, já não é tão fácil derrubar”.

Ana Maria Nogueira, que integra os Estados Gerais da Cultura, conta que conheceu Bira Carvalho no encontro dos EGC. “Me impressionou a maestria e sensibilidade das fotos dele”, afirma. “Minha primeira impressão foi de um homem forte, muito sensível e extremamente tímido. Lembro que ele quis se juntar a nós depois da live, num bate papo que fazíamos sempre para avaliar os encontros dos EGC. Foi uma surpresa agradável e claro que muito valiosa para o grupo, já que os comentários do Bira trouxeram a preciosa “visão de fora”.
A partir daí comecei a seguir o Bira no Instagram. E a trocar impressões com ele, fazer perguntas sobre as fotos. Sempre me respondia. O que me impressionou em suas fotos foi a delicadeza no registro do dia a dia da favela. As diferentes formas de trabalho, as brincadeiras de crianças, os homens e as mulheres. Peguei o hábito de dar uma olhada nas fotos do Bira todos os dias. E pretendo continuar a fazer isso. Bira merece uma exposição. Seu trabalho nos dá oportunidade de conhecer a intimidade de um lugar muito desconhecido da maioria dos brasileiros, demonizado ou romantizado, mas pouco conhecido”.

Os Estados Gerais da Cultura não poderiam deixar de prestar homenagem a esse poeta da imagem, a voz do povo e reforçar o que o Complexo da Maré todo diz: “cria da Maré não morre, vira lenda”. Seu depoimento emociona e preenche um pouco o vazio da falta física ao assistir de novo o seu depoimento sincero para perceber que suas ideias permanecem para sempre. Confiram abaixo:

Bete Mendes

Foto via Facebook: Memorial da Televisão Brasileira

Os Estados Gerais da Cultura têm orgulho de ter como integrante a atriz, política e militante dos direitos humanos Bete Mendes, que figura entre as maiores estrelas da televisão brasileira. Hoje participa de mais de 20 movimentos em defesa das minorias e direitos humanos.

Elizabeth Mendes de Oliveira nasceu em Santos, litoral de São Paulo e começou sua carreira na televisão, na extinta Rede Tupi e mais adiante, em 1974, atuou em produções da Rede Globo e algumas passagens pelas, TV Bandeirantes, Cultura, Manchete e SBT. Tem sua imagem como atriz talentosa em telenovelas de sucesso como O Rebu e em outros importantes trabalhos televisivos e minisséries.

No entanto, a sua trajetória não se limita a carreira artística. Em meio a violenta ditadura militar, Bete Mendes lutou por um mundo melhor e sonhou, como muitos jovens de sua época, com um país livre do autoritarismo. Esse papel em sua vida pessoal não foi como imaginava na busca de suas utopias. Bete conheceu o sofrimento ao ser presa e torturada injustamente, quando cursava Sociologia, na USP.

A atriz destacou-se na carreira política como deputada federal (1983-1991). Um episódio, nesse período, a fez relembrar os ‘anos de chumbo’ quando reconheceu o seu algoz, o Coronel Brilhante Ustra, trabalhando como adido militar da Embaixada do Brasil em Montevidéu, no Uruguai. O caso aconteceu durante a viagem oficial do presidente Sarney ao Chile, na qual Bete Mendes fazia parte da comitiva.

O episódio ganhou ampla repercussão no país, reacendendo os debates sobre a amplitude da Lei da Anistia, promulgada em 1979, cuja discussão era se tal anistia de fato atingiria os envolvidos em crimes de tortura.

 

Sol Bueno

Sol Bueno é cantora e compositora mineira, natural de Pitangui/MG, artista que retrata de forma apurada em seu trabalho musical as sutilezas do universo da cultura popular. Cantora de voz suave e marcante, traz em seu som as raízes musicais e as vivências populares dos povos moradores do cerrado e bacia do São Francisco, onde tem sua origem e onde também busca grande parte de suas influências musicais. A voz é seu principal instrumento, mas também se apresenta tocando viola caipira, violão, caixa de folia e kalimba. 
 
Em seu trabalho musical, acompanhada pela viola caipira, violão, percussão e rabeca, Sol Bueno apresenta composições próprias e o cancioneiro popular, que se revelam na sutileza de sua interpretação e riqueza de detalhes poéticos. Em 2017 a cantora lança o CD Poeira Dançante, trabaho autoral que retrata paisagens sonoras do cerrado e da cultura popular. Sol Bueno foi selecionada em 2017 pelo Projeto Mulheres Criando, projeto que reconhece o trabalho de mulheres cantautoras/compositoras. Em 2016 foi indicada e participou do Projeto Elas, projeto que tem foco em apresentar o trabalho autoral de compositoras mineiras.  
 
Integrante do premiado Dandô – Circuito de Música Dércio Marques, a cantora também coordena junto a outros músicos o circuito em Minas Gerais, onde também recebe e se apresenta junto a artistas de todo país. Já se apresentou em programas de TV, Festivais, videoclipes, apresentações coletivas, vídeo arte e filmes (voz). De 2010 a 2011 viajou o Rio São Francisco produzindo o documentário “Mestres da Viola”, estando imersa em muitos cenários do Sertão Roseano, retratados em sua composição musical

Cardo Peixoto

Cardo Peixoto é músico, compositor e ativista cultural há mais de 30 anos. Natural de Pelotas, está radicado em Caxias do Sul, na serra gaúcha, de onde exerce suas atividades de músico, produtor musical e professor de canto.

Sua discografia conta 4 álbuns físicos (Rota da Estrela-2002; Canções de Armar e Desarmar-2007; As Estações-2015; Menino Brasileiro-20017); 1 EP e diversos singles, lançados durante o período da pandemia do Covid-19.

Integra o coletivo Dandô – Circuito de Música Dércio Marques desde 2015. Sua música está voltada para ritmos e temáticas brasileiros, valorizando as regionalidades e as coisas do interior do país, sem deixar de conversar com a modernidade e a universalidade.

Atualmente, está preparando o lançamento do álbum digital “Minas + Eu”, onde apresenta 10 canções, compostas em parcerias com poetas e letristas mineiros. O lançamento está previsto para meados de novembro.

Amilcar Soto Rodriguez

Amilcar Soto Rodriguez è guitarrista, compositor e arranjador peruano. Ele é uma nova figura-chave na música afro-peruana, do Jazz latino e da World music. Nasceu em Surquillo-Lima em 1969, mas mudou-se rapidamente para Villa El Salvador, a cidade construída pelos seus habitantes há 50 anos. Entre os construtores da primeira geração encontravam-se os seus pais. Um verdadeiro topos na sua actividade criativa. Às mulheres de Villa El Salvador, criadoras do milagre de um deserto transformado em cidade e comunidade, ele dedicou o seu primeiro single, que dá o título ao seu primeiro álbum. Amilcar cresceu numa família de músicos e começou a tocar guitarra e charango quando era apenas uma criança. Mudando-se para Itália aos 25 anos de idade, teve a oportunidade de se inscrever no Conservatório de Pádua, licenciando-se em guitarra de jazz.

Durante os anos 90, trabalhou com o ballet popular peruano Asì es mi Peru, actuando na América Latina e Europa. Apresentou-se no Teatro Bela Bartok em Budapeste com a Orquestra Filarmónica Zuglò dirigida por Balazs Coczar e na Suíça sob a batuta de Andreas Laake.

É um artesão de arranjos que combina habilmente ritmos e sons tradicionais afro-peruanos com as harmonias sumptuosas da música clássica e toque inovador do jazz e das suas improvisações. Inspiradas por compositores como Silvio Rodriguez, Pablo Milanés e Joan Manuel Serrat, as suas canções tratam de questões sociais, mas também de amor, concebido de uma forma abrangente. As colaborações com músicos talentosos são essenciais. Primeiro de tudo Susana Baca, a cantora afro-peruana e socialmente empenhada, foi a intérprete do primeiro single Mujeres de Arena. Colaborou também com o percussionista italiano Leo di Angilla no single ‘Recuerdos de Villa’.

O álbum Mujeres de arena y otras historias, lançado em 2021, enriquecido mais uma vez pelas interpretações extraordinárias de Susana Baca, conta também com a participação da Orquestra Solisti Veneti, dirigida por Giuliano Carella. Uma das mais importantes orquestras de câmara italianas, com mais de 6000 concertos em 90 países de todo o mundo. Outros grandes músicos colaboraram no álbum, entrelaçando as várias harmonias do jazz com os ritmos da tradição afro-peruana, tais como o landò, festejo e Panalivio. O single e o álbum contam também com a extraordinária participação de Lalo Izquierdo, co-fundador do Peru Negro.

André Luís

André Luís é violeiro e cantautor.

Nordestino, traz no coração os ventos armoriais, mas veio buscar nas paisagens da Mantiqueira os tons definitivos de sua canção, inspirado no trabalho de grandes compositores como Tavinho Moura, Ivan Vilela, Fernando Guimarães, Paulim Amorim… Além das manifestações populares como a Folia de Reis.

Seu trabalho é poeira que orbita também a constelação luminosa de Dércio Marques, das cantadoras e cantadores que hoje se reúnem no Circuito Dandô.

Foi premiado em alguns festivais, como o I Festival Nacional de Cultura Campesina (MST). Participou do documentário “Jacinta Passos, se me quiseres amar”, sobre a poeta Jacinta Passos (trilha). Está lançando seu primeiro trabalho, “Canção Atual”, onde reúne composições mais ligadas à terra e à gente que dela vive.

Disponível nas plataformas digitais, pela Tratore

Spotify

@andré.luís.canta – Instagram

Facebook

Giselle Frufrek

Giselle Frufrek é uma artista múltipla e iridescente. Cantora, compositora, atriz, dançarina, escritora e arte educadora tem como pulso pesquisar espaços de liberdade de sons, silêncios e palavras. Diversa e plural, farejadora de espaços de liberdade, num entrelaçar de linguagens vem habitando em Osório, no Litoral Norte do RS, como uma constante aprendiz da natureza humana.

Após 15 anos de bailes da vida, palcos e rodas, pelos muitos Brasis, outras Américas e África. É também parte integrante do Dandô – Circuito de Música Dércio Marques.
Em seu primeiro álbum ‘MAR DE DENTRO’ – histórias de beira e luar, Gi Frufrek conta suas pegadas e vôos em entrelaces culturais. Do litoral norte do Rio Grande do Sul, vai cantando histórias dos jeitos de viver das gentes.

Tio Leo

Leandro Mota, ou simplesmente, Tio Leo é Membro do CUB, Produtor Cultural e Ativista Social. Atua em Búzios desde 2014 na defesa da cultura hipo-hop, sendo um dos fundadores do Coletivo Urbano Buziano. Natural de Niterói, pai de três filhas.
Ativista e Produtor Cultural, poeta, raper e mestre de cerimônias, Tio Leo tem se dedicado ao longo dos anos na luta pela implementação de Políticas de Juventude em Búzios e pela construção de espaços alternativos a cultura hegemônica, ocupando as praças da cidade através de Rodas Culturais, Circuitos de Arte Urbana e Encontros Culturais, dentre outros espaços de participação. Tio Leo do Coletivo Urbano Buziano -Tio porque foi escolhido como referência pela garotada da nova geração da fala/desafio/improviso em rima.

Pix do Tio Leo é 22998573804.

Árvore Bonita

Árvore Bonita é graduanda em pedagogia, Intérprete de Libras, poeta, artista visual, Slammaster e coordenadora de acessibilidade do Slam 188 e Slammaster do Slam Orgasmo.
CONTATO:@arvore.bonita

SLAM 188
Com presença dos poetas Árvore Bonita e Ozazuma, o coletivo Slam 188 promove batalha mensal de poesia falada, propõe inclusão e valorização da vida, tem suporte de psicólogos e intérpretes de LIBRAS, os nomes @poeta_monra & @pretapoetica fecham a equipe.

página Slam 188 no fb:
perfil Slam 188 no insta:
**PIX Slam 188 – faça a sua contribuição com a chave 188slam@gmail.com