Os Estados Gerais da Cultura propõem uma boa prosa com dois famosos forrozeiros e gente que gosta da cultura popular para defender o Forró como Patrimônio Imaterial Brasileiro. Certamente com muito baião, xaxado, chote e arrasta-pé ao som das sanfonas de Mô Lima e Luizinho Calixto. Quase uma festa virtual junina para combinar com mês de junho, dos santos festeiros – Santo Antonio e São João.
Forró é alegria e a marca do povo brasileiro, sobretudo na região nordeste. Há mais de 10 anos grupos e pessoas que representam setores da cultura popular lutam para registrar o Forró de raiz, o pé-de-serra, como patrimônio brasileiro no IPHAN – Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico. Num inventário preliminar, o IPHAN constatou que a festa do Forró existe no mínimo em 14 estados brasileiros com destaque.
Joana Alves é uma dessas grandes defensoras para preservar o Forró como cultura imaterial. Ela atua frente a Associação Balaio do Norteste. Rejane Nóbrega será a mediadora desse bate-papo e também uma grande militante e ativista de cultura. Juntou toda turma para defender e preservar o que é nosso.
Forró não é só São João. É uma cadeia produtiva que envolve dança, participação feminina, além das matrizes, xaxado, baião, xote e dentro dessas matrizes têm o Forró de oito baixos. Neste sentido tem Luizinho Calixto que é um dos últimos mestres da sanfona de oito baixos.
Outro forrozeiro será Mô Lima, de 42 anos, músico e filho de Francisco Ferreira Lima, pegou o fole da sanfona pelo caminho para continuar o forró deixado pelo pai, que era mais conhecido como Pinto do Acordeon lá da Paraíba, que foi um dos grandes nome do Forró no Brasil.
Joana Alves
Joana Alves da Silva licenciada em Educação Artística pela JUFPB com especialidade em artes plásticas é também artesã, produtora e articuladora cultural. Fundadora e presidente por dois mandatos (de 2008 à 2015) da Associação Cultural Balaio Nordeste (ACBN), instituição cultural sem fins lucrativos, atuou em várias frentes de valorização e promoção da cultura popular à exemplo da criação da Orquestra Sanfônica Balaio Nordeste, da Escola de Música Mestre Dominguinhos, do documentário/DVD do músico Pinto do Acordeon (parceria com o IPHAN), do Fórum de Forró Raiz e do I, II e III Encontro de Foles e Sanfonas daParaíba.
Promoveu ainda diversos eventos tais como: Encontro Nacional para Salvaguarda das Matrizes do Forró como Patrimônio Imaterial Brasileiro (parceria com o IPHAN), Homenagem a Luiz Gonzaga (edições 2012, 2013, 2014 e 2015); Forró Solidário do Balaio Nordeste (edições 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015), Mulheres Pintando o Sete (homenagem a cantora Marinês) e Balaio Nordeste Rumo à França.
Rejane Nóbrega
Militante e ativista cultural, gestora de cultura, pesquisadora das culturas tradicionais e populares brasileiras; arte educadora. Foi Assessora de cultura da Comissão de Educação Cultura da Câmara dos Deputados; Assessora Especial de Cultura da Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural do MinC; Assessora de Cultura da Secretaria de Cultura de SP, gestões Erundina/Marilena Chauí; Diretora de Cultura de Campo Largo, PR; Assessora Especial de Cultura de Conde, PB.
Artes Visuais, Licenciatura – Faculdade de Artes do Paraná – FAP; Mestrado em Serviço Social de Comunidade – PUC-SP; Bacharelado em Serviço Social – Universidade Federal da Paraíba – UFPB; Diversos Cursos Livres em Artes Visuais e Culturas Populares.