![](https://estadosgeraisdacultura.art.br/wp-content/uploads/2023/06/café.jpeg)
Vale a pena ver de novo o encontro realizado pelos Estados Gerais da Cultura sobre Cândido Portinari e os Direitos Humanos quando o Brasil assiste a aprovação da PL 490, do Marco Temporal pelo legislativo, que restringe a demarcação das terras indígenas e enfraquece o direito dessas populações, além de colocar em risco áreas de florestas preservadas.
Cândido Portinari foi um humanista e pela aguçada sensibilidade mostrou em suas obras o Brasil escravagista e o brasileiro simples, sofrido e trabalhador. Portinari viu o perdão no olho do mendigo. Portinari viu o que povo brasileiro não podia ver, o que estava escondido e mostrou para nós em suas telas. Portinari ajudou o Brasil a ver o Brasil de verdade. Não aquele que tentava imitar a capital dos colonizadores. O que nós éramos, a beleza do que nós somos”, foi a emocionante definição do ator Eduardo Tornaghi, na Pensata dirigida ao encontro.
Todas as obras de Portinari estão disponibilizadas didaticamente no Google Art
Cândido Portinari foi pintor, gravador, ilustrador e professor. Nascido em Brodowski/SP, foi dos mais importantes nomes do modernismo brasileiro, reconhecido internacionalmente. Mudando suas técnicas ao longo do tempo, Portinari nunca perdeu o foco no povo brasileiro, suas mazelas sociais e na questão dos direitos humanos.
O filho, João Candido Portinari, trabalha há décadas na catalogação do acervo de Portinari. Graças ao levantamento minucioso feito por ele, foi possível catalogar mais de cinco mil pinturas e 30 mil documentos. João Candido possui Ph.D. pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT/EUA) e está a frente do Projeto Portinari, que desde 1979 dedica-se à democratização da vida e obra de seu pai.