Papa Francisco e Miguel Torga

Miguel Torga – Papa Francisco / Imagem internet

Abrimos o Oitavo encontro dos Estados Gerais da Cultura cumprimentando nosso companheiro Jorge Mario Bergoglio, codinome PAZ, Papa Francisco, por suas brilhantes palavras proferidas na ONU, onde defendeu com vigor a justiça social e os direitos da natureza em oposição a ação destruidora de governos e seus parceiros contra todos os seres vivos, movidos pela ganância, pela inépcia e pelo ódio à vida.

O amigo poeta e advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, apresentou a poesia do escritor português Miguel Torga que melhor exprime nossos sentimentos de semeadores da Utopia.  Lembramos que com Arte, Ciência e Paciência, mudaremos o mundo. Hoje acrescidos de uma infinito sentimento de indignação que o Papa Francisco vem expressar nestes tempos sombrios. Sejamos nós a mudança.

QUANTOS SEREMOS?

Não sei quantos seremos, mas que importa?!

Um só que fosse, e já valia a pena

Aqui, no mundo, alguém que se condena

A não ser conivente

Na farsa do presente

Posta em cena!

Não podemos mudar a hora da chegada,

Nem talvez a mais certa,

A da partida.

Mas podemos fazer a descoberta

Do que presta

E não presta

Nesta vida.

E o que não presta é isto, esta mentira

Quotidiana.

Esta comédia desumana

E triste,

Que cobre de soturna maldição

A própria indignação

Que lhe resiste.

Miguel Torga

Texto: Silvio Tendler

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