Esse padrão de repressão foi testado nos povos originários e negros

Nós aqui no Brasil estamos vivenciando a ascensão de um movimento neo fascista que tem como uma de suas características a paramilitarização. O Rio de Janeiro é um caso urbano bastante exacerbado. Mas o campo também. Eles estão interessados em fazer milícia no campo dos proprietários de terra pra matar trabalhador e sem terra. Tem 1 Marielle Franco por dia na Colômbia. 2, 3… Esse é o modelo que eles querem implementar aqui.

Paulo Guedes aprendeu o receituário dele com o Pinochet. Querem colocar aqui a capitalização da previdência. Tentaram em 2019 e não conseguiram, mas isso está no radar. Tem uma luta no Chile, não pelo auxílio emergencial dado pelo Estado, mas pra eles poderem tirar o dinheiro deles mesmos! Da aposentadoria deles, pessoal. E os bancos não deixam. O grande capital não deixa porque pode causar desequilíbrios econômicos.

Essas formas híbridas, ideológicas, refinadas de dominação, e que a gente tem que cada vez mais estudar, para combater inclusive, elas não anulam o recurso da repressão militar, do encarceramento arbitrário, da desaparição forçada, esses velhos métodos das ditaduras militares.

Esse padrão de repressão que há nos países latino americanos é testado primeiro com os povos originários e com os negros e negras. Na Colômbia eles tem o que eles chamam de “falsos positivos”, que na verdade são pessoas do campo, gente simples, que um atravessador chega, promete um trabalho, leva pro campo e assassina a sangue frio. No Chile também é a mesma coisa. Eles pegam lutadores sociais, assassinam e simulam enfrentamentos. Como fizeram ontem no Jacarezinho. Como fazem em todas as favelas do Brasil.

Dia 8 de maio. É dia da vitória da libertação do nazi fascismo. Diante desse cenário de ascensão neofascista, de militarização que a gente vive na América Latina, cabe dizer:

Eles não são invencíveis.

Nós podemos vencê-los.

E nós vamos vencê-los.

Com unidade, unidade, mais unidade.

Vamos construir essa pátria grande.

Números da Colômbia:

936 detenções arbitrárias (desaparecidos!)

1773 casos de abuso da força pública

37 mortos

11 vítimas de violência sexual

28 atingidos nos olhos

Ideias de Francisco Prandi, com edição de Maria Rita Nepomuceno.

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