Mulheres vão à luta na ABI

Os Estados Gerais da Cultura apoiam a candidatura de Cristina Serra, para presidente e Helena Chagas, como vice pela chapa Democracia e Renovação na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), com eleição prevista para o final de abril. No encontro neste domingo (13), às 17h, as duas convidadas estarão colocando para debate suas propostas frente a ABI. Se eleitas, serão as primeiras mulheres no comando da instituição desde sua criação. A chapa tem o apoio da atual diretoria, que dirigida por Paulo Jeronimo de Souza, o Paje, resgatou a importância político-social da instituição num momento tão grave e decisivo para o Brasil.

Cristina Serra é jornalista e filiada à entidade desde a sua formação profissional. É colunista da Folha de São Paulo e autora dos livros Tragédia de Mariana, a história do maior desastre ambiental do Brasil e Mata Atlântica e o mico-leão-dourado. Helena Chagas é também jornalista e foi ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República do Brasil durante o governo Dilma Rousseff. Hoje é consultora de comunicação e escreve esporadicamente para o blog no Noblat.

 “A ABI tem um papel histórico de lutas em defesa da democracia. Na época das Diretas, ela teve um papel muito importante. O presidente era o Barbosa Sobrinho, um senhor de bastante idade que participou ativamente da campanha. Eu era estudante de jornalismo, via a atuação dele, achava inspirador. Me sentia muito representada por aquele senhor de terno, cabeça branca. Mas ele falava por mim, naquele momento, como cidadã, eu me sentia representada por ele e mais ainda como jornalista. E por isso me associei a ABI”, conta Cristina em uma entrevista ao Portal da Imprensa. 

Sobre os projetos que defende para a ABI coloca num primeiro plano a luta pela democracia. “O programa que defendo, e tem o apoio de várias pessoas, e da atual diretoria inclusive – mas não só, já tenho conversado sobre isso com muitos colegas, em primeiro lugar, defesa a democracia. Em segundo lugar, recuperar a ABI do ponto de vista material e financeiro.” 

Introdução com poesia para Lava Jato?

Introdução com poesia para Lava Jato? Sergio Moro…..como se faz isso.

Lembrei do Lobato…

Acabamos de discutir se ele era racista ou não era racista?

Caramba!

É essa armadilha que caímos com a Lava Jato, fulanizar. A questão não era se o Monteiro Lobato era racista ou não era racista. Brasil é racista.

Ele era racista, como nós somos na medida do hoje. Nós achávamos há poucos anos atrás que quartinho de empregada não era senzala, por favor. Achávamos que estávamos acolhendo alguém.

Então quero lembrar, ao entrar nesta conversa, para tomar muito cuidado para não fulanizar.

A Lava Jato, Monteiro Lobato, nós, somos sintomas… Atrás de nós tem uma história. A mesma potência midiática que criou a campanha de difamação que a Lava Jato se apoiou, aconteceu com Canudos, com Getúlio. Aconteceu cada vez que a direita resolveu passar a ‘faca em alguém’.

Mas como eu peço a vocês para não fulanizar eu vou me permitir de entrar nesta conversa fulanizando.

Ahhh… eu vou dizer um poema que vou gostar de dizer não só para estes cidadãos, uns palavrões da vida, e também este cidadão Daniel quem????

(…)Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Parte do poema Versos Íntimos (Augusto dos Anjos)

Reflexão e narração de Eduardo Tornagh, a nossa Pensata do 25o. Encontro sobre Mídia e Democracia – a farsa da Lava Jato, com a presença dos jornalistas, Marcelo Auler, Cristina Serra, Fátima Lacerda.