14 de março: alegrias e lamentos. Glauber Rocha presente!

Chico Mário, Glauber Rocha, Castro Alves, imagens via internet

Hoje é um dia de muitas emoções. Muitas homenagens. Alegrias e lamentos!

Lamentamos profundamente o assassinato da Marielle que nos dá este sorriso, com qual abrimos esse encontro, mas até agora os mandantes do seu assassinato estranhamente não foram encontrados. Continuamos lutando por justiça para Marilelle, justiça para Anderson e que logo uma investigação verdadeira, aprofundada, encontre e puna os seus assassinos.

Estamos abrindo esse encontro com essa homenagem. Hoje também é dia de homenagear os nascimentos de Glauber Rocha e Castro Alves, que nasceram neste 14 de março. Ambos, um poeta com imagens, Glauber, Castro Alves com palavras. Glauber sempre disse que morreria com a mesma idade que Castro Alves. Glauber morreu com 42 anos e Alves com 24 anos.

Homenageamos também o músico Chico Mário que morreu há 32 anos, irmão do Henfil, do Betinho. O Chico Mário era um virtuoso da música, um compositor maravilhoso, um batalhador pela música independente . Ele que inventou a ‘vaquinha’ para compor e editar as músicas, livres das gravadoras. Chico Mário abriu este caminho na arte, que aos 39 anos morreu da AIDS por conta da doença que ele tinha e pegou o vírus mortal por uma transfusão de sangue, num banco de sangue e estava contaminado.

Depois, graças ao SUS os bancos de sangue foram estatizados e graças ao batalhador incansável Sérgio Arouca, que lutou pela estatização do sangue e tirou daqueles vampiros que faziam do sangue um comércio. Graças essa ação do SUS e do Arouca muitas vidas foram salvas.

Hoje vivemos uma nova pandemia por conta desse descaso desse governo com a saúde da população. Estamos abrindo este encontro com estas manifestações de solidariedade aos aniversariantes, aos que morreram por conta desse descaso público.

Os Estados Gerais da Cultura que nasceram para ajudar a recriar o Ministério da Cultura saúda com muita alegria e emoção a demissão do genocida do Ministério da Saúde e exige a recriação do MinC, com a demissão daquele ator de quinta categoria que ocupa a Secretaria da Cultura, uma gaveta do Ministério do Turismo.

Precisamos de um Ministério de verdade para transformar a Cultura num grande encontro das artes, do teatro, da dança, do cinema, das artes plásticas, da música, de tudo e não esse arquipélago dilacerado por este governo irresponsável.

Então seguimos juntos! Temos também neste encontro a Amanda, uma jovem estudante de teatro, que está sendo proibida de frequentar o curso na UniRio, por conta de um reitor bolsonorista que esta negando a matrícula. Ela passou no vestibular em primeiro lugar e seu direito a estudar não está sendo respeitado.

Texto: Silvio Tendler

Esta foi a fala de Silvio Tendler na abertura do encontro que contou a presença de três agitadores culturais, Maurício, Cavi e Jota, para falar sobre as bibliotecas comunitárias.

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