Paulo Padilha

Paulo Padilha é professor, educador popular e músico. Diretor do Instituto Paulo Freire e coordenador da EaD freiriana. Autor dos livros “Currículo Intertranscultural” e “Educar em Todos os Cantos”, entre outros. “Educação e música caminham lado a lado, ajudando a construir pontes para um diálogo lúdico e aprendente”, afirma o educador na apresentação de seu site professorpadilha.com

“O que podemos esperar do futuro

O futuro será resultado do que fizemos ontem e do que fizermos hoje. Depende das nossas ações, de nossas omissões, de nossa coragem, de nossa covardia, do tamanho do nosso medo e da nossa ousadia.

O futuro é esperança sem espera, é vento com vela, é luz no fim do caminho, desde que não estejamos sozinhos.

O futuro é mão na massa, é desenferrujar a carcaça, é sair do caminho, é escrever o nosso próprio itinerário, é não fugir da raia, é cumprir o horário, mas também sair do script que alguém escreveu para nós. É ser mais autor além de ator, mais olhar e ainda mais enxergar, não só ouvir, mas principalmente escutar, é saber dizer e silenciar na hora certa… mas a hora certa depende do momento, do contexto, dos comportamentos, dos consensos e dos dissensos.

O futuro é a síntese de nossas alegrias, tristezas, mas também fruto das ironias, da sorte que construímos, do sul, do sudeste, do norte e do nordeste, do leste, do centro, do oeste, do centro oeste, da pessoa que se considera cidad@ do mundo. Falar nisso, nasci paulistano da gema, mas sou hoje nordestino na minha admiração deste povo guerreiro, de sua cultura, desse povo maravilhoso, inteligente, distinto, digno, criativo, trabalhador, artista, sofrido, lutador, gente da mais alta qualidade humana, nem melhor, nem pior que outras gentes. Mas uma gente muito boa gente.

E bem ao contrário do que disse alguém recentemente, cuja alcunha nem sequer merece ser citado aqui, porque mente. Apenas mente.

O que esperar do futuro? Não esperar, mas resistir, cantar, lutar, educar, sonhar e trabalhar. E se não houver trabalho, lutar e trabalhar para que haja, mesmo que seu trabalho seja trabalhar a importância do ócio, ou reinventar a roda, recuperar a vida, manter a dignidade erguida, ganhar as ruas, as escolas e recuperar o tempo perdido, da vida. Ninguém fará por nós. Mas sempre podemos aprender com a nossa experiência, com os saberes e com a história dos nossos avós. O futuro é aqui e agora, mas também é amanhã e depois de amanhã… se houver vida. E vida haverá, mesmo depois de nós, porque somos viventes sementes da esperança.” Fonte: site Paulo Padilha

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