Movimento contra a vergonhosa venda da área verde da UFRJ

A reitoria da UFRJ está chamando de “equipamento cultural”. A reforma do campus vai do antigo Canecão até o Hospital Deolindo Couto, numa área hoje murada com desenhos de ídolos do Botafogo — paredão este que será derrubado. É no final do parque que ficará a casa de espetáculos, a ser administrada pela iniciativa privada por cerca de 25 anos. Intelectuais e artistas estão contra o projeto, incluindo o cineasta Silvio Tendler, o urbanista Edesio Fernandes, o ex-Ministro da Cultura, Juca Ferreira.

Tomem vergonha senhores professores!

Edésio Fernandes escreveu:

“Há muitos anos tenho comentado sobre a saga do Canecão/Campus da Praia Vermelha da UFRJ, destacando a maneira incompetente e pouco transparente com que a Reitoria – em mandatos sucessivos – tem tratado da questão
Depois de um projeto megalomaníaco há uns dois ou três anos, uma novo projeto foi anunciado recentemente e eu mesmo fui enganado pelas notícias que davam a entender que um novo equipamento cultural para substituir o Canecão em ruínas seria construído – ainda que maior e mais alto – no mesmo local
Mas não, na verdade a proposta é de que o novo equipamento seja com construído numa área livre e verde do campus que seria leiloada
Proposta absurda que, espero, seja rejeitada
E continuo procurando o posicionamento dos dois cursos de Urbanismo da UFRJ…”

Edésio Fernandes é Bacharel em Direito, especialista em Urbanismo pela UFMG e doutor e mestre em Direito pela Universidade de Warwick (Reino Unido), autor e organizador de diversas obras sobre Direito Urbanístico.

Ex-Ministro da Cultura, Juca Ferreira

0 comentário sobre “Movimento contra a vergonhosa venda da área verde da UFRJ

  • Apoio inteira e veementemente essa camanha contra a privatizaçao desse e de qualquer espaço público de educação.
    Fechar nunca! Ampliar sempre! Vergonhoso o que vem acontecendo no nosso pais, principalmente vindo de quem deve proteger o patrimônio da UFRJ!

  • Flávio Wanderlei Lara disse:

    Um crime contra nosso sistema de educação pública. Essa área já foi proposta para um grande equipamento cultural público que abrigaria várias atividades culturais importantes para uma educação pública libertadora. Transferi-la sob uma concessão de 25 anos (1/4 de Século) para a iniciativa privada é abandonar e negar o compromisso sócio cultural da UFRJ com as novas gerações de estudantes que seriam pesados no seu direito de uma educação cultural criativa e fundamental para o seu desenvolvimento político. Esse é uma responsabilidade pública federal além da autonomia universitária contraditória a missão política social culturalismo própria UFRJ

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