Movimento contra a vergonhosa venda da área verde da UFRJ

A reitoria da UFRJ está chamando de “equipamento cultural”. A reforma do campus vai do antigo Canecão até o Hospital Deolindo Couto, numa área hoje murada com desenhos de ídolos do Botafogo — paredão este que será derrubado. É no final do parque que ficará a casa de espetáculos, a ser administrada pela iniciativa privada por cerca de 25 anos. Intelectuais e artistas estão contra o projeto, incluindo o cineasta Silvio Tendler, o urbanista Edesio Fernandes, o ex-Ministro da Cultura, Juca Ferreira.

Tomem vergonha senhores professores!

Edésio Fernandes escreveu:

“Há muitos anos tenho comentado sobre a saga do Canecão/Campus da Praia Vermelha da UFRJ, destacando a maneira incompetente e pouco transparente com que a Reitoria – em mandatos sucessivos – tem tratado da questão
Depois de um projeto megalomaníaco há uns dois ou três anos, uma novo projeto foi anunciado recentemente e eu mesmo fui enganado pelas notícias que davam a entender que um novo equipamento cultural para substituir o Canecão em ruínas seria construído – ainda que maior e mais alto – no mesmo local
Mas não, na verdade a proposta é de que o novo equipamento seja com construído numa área livre e verde do campus que seria leiloada
Proposta absurda que, espero, seja rejeitada
E continuo procurando o posicionamento dos dois cursos de Urbanismo da UFRJ…”

Edésio Fernandes é Bacharel em Direito, especialista em Urbanismo pela UFMG e doutor e mestre em Direito pela Universidade de Warwick (Reino Unido), autor e organizador de diversas obras sobre Direito Urbanístico.

Ex-Ministro da Cultura, Juca Ferreira

Silvio Tendler na UNESCO! Cresce apoio à sua candidatura

Fernanda Montenegro, Letícia Sabatella, a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), e mais 500 pessoas que assinaram o Manifesto até o momento, apoiam a candidatura do cineasta Silvio Tendler a Embaixador do Brasil na UNESCO. Fernanda Montenegro gravou um áudio dirigido ao presidente Lula e destacando o papel excepcional de Silvio na história da cinematografia brasileira. “Estou entre os muitos apreciadores desse nosso referencial cineasta para embaixador junto a UNESCO. Aplaudiria a nomeação de Silvio Tendler com muita alegria, com muito agradecimento”.

Fernanda Montenegro

O artigo Por que sou candidato a embaixador da UNESCO?, publicado neste site, em dezembro de 2021 recebeu muitos comentários apoiando a ideia. São depoimentos inspiradores e de estímulo aos Estados Gerais da Cultural para fortalecer a campanha indicando o cineasta para representar o Brasil, numa instituição que atua em conexão com a educação, ciência e cultura.

“A UNESCO é um braço da ONU para a promoção cultural e a reabilitação da cultura – literária, dramatúrgica, imagística, plástica – como instrumento fundamental da transformação e da evolução humanas no mundo, num momento em que tantas forças reacionárias que pareciam adormecidas ressuscitam, no planeta inteiro, com a mesma velha fúria contra tudo o que seja renovador, criativo, transformador. Neste momento em que também o Brasil reage aos fantasmas de um passado sinistro, nenhum nome melhor para representar a cultura brasileira resistente, indomável, de volta finalmente ao mundo, do que o cineasta e pensador Sílvio Tendler – que resistiu à ditadura, resistiu à tentativa de ressurreição do fascismo, para estar na linha da frente do país renascido para a cultura também renascida do Brasil para o mundo.” Sergio Marques.

Delayne Brasil disse: “Silvio Tendler é o homem das embaixadas: não deixa a bola (ou a peteca) cair. Faz arte na vida; faz vida na arte. Luz, câmera e ação! É luz que brilha em nós e nos colore; câmera que foca os fatos e reverbera na caixa do peito, do crânio, tocando nossas almas e mentes; ação que nos comove, nos move junto, movimentos, coletivos. Silvio é cinema, é cultura. Já é embaixador na prática. Tê-lo na UNESCO seria (será!) mais um reconhecimento do do quanto sua vida é uma existência que vale a pena para tantos nós, para o Brasil e para o Mundo. Sua embaixada é de craque!”

“Silvio Tendler é o nosso memorialista visual maior, um cineasta que toca nas feridas abertas e conta as histórias do país nos livrando da narrativa oficial sempre duvidosa. Precisamos de ST para nos representar na UNESCO. Ninguém melhor do que ele poderá exercer a função de embaixador com uma visão humanista, sem preconceitos e com respeito à diversidade cultural do nosso país.” Eridan Suelena Leão de Souza.

João Damascento disse: “Eu apoio a candidatura do Sílvio Tendler para embaixador do Brasil na UNESCO.
O Brasil precisa se recolocar mo cenário internacional.”

“Acho um excelente nome para ocupar a representação brasileira. Culto, professor universitário e, sem duvida, um dos mais importantes diretores de cinema brasileiros.
Minha torcida é grande para sua nomeação.” Luiz Gravatá

Cleide Martins disse: “Faço muito gosto. Será um embaixador muito digno e capaz de influenciar positivamente o mundo em defesa da cultura, da arte e, em especial, do cinema, a serviço da construção de uma sociedade igualitária, justa, fraterna, solidária e feliz.
Estou na campanha. Onde depósito meu voto?”

Para Silvio Tendler é a hora de escolher um mundo menos bélico. “Os povos fazem a cultura. A indústria de armamento a guerra. Os governos serão agentes do povo ou agentes da morte? É hora de escolher!, afirma.

Assine manifesto de apoio a Silvio Tendler para representar o Brasil na UNESCO

Para apoiar a candidatura de Silvio Tendler a Embaixador Brasileiro na UNESCO, basta entrar no link ao final do texto

“Por que sou candidato a Embaixador na UNESCO?
Sou candidato a embaixador Brasileiro na UNESCO para defender internacionalmente um projeto para o cinema cultural, que, a cada dia, tem menos espaço nas salas de arte, filmes imprensados pela indústria do entretenimento e guetificados em espaços restritos. A UNESCO foi fundamental para o cinema cultural no pós guerra e no estímulo aos cineclubes, na formação de plateias e cineastas. Quero ajudar a desenvolver esse trabalho internacional e, aos 72 anos de idade, com ampla obra de criação premiada mundo afora, 41 anos como professor universitário e gestor público, ocupando diversos cargos na área cultural, me apresento como candidato a Embaixador do Brasil na UNESCO.”

Entre neste link para assinar

Dom Mauro Morelli aplaude e apoia candidatura de Silvio Tendler à UNESCO

O bispo católico Dom Mauro Morelli, que dedicou parte de sua vida na luta contra fome e desnutrição materno-infantil no Brasil, apoia e aprova a candidatura do cineasta Silvio Tendler para embaixador junto à UNESCO. Em seu manifesto publicado no Twitter, Morelli faz um apelo ao presidente Lula para que indique o nome do cineasta como representante brasileiro da instituição internacional porque reconhece em Tendler competência e ética para tratar do desafio da questão cultural. No seu raciocínio cultura deve ser evidenciada como ação de cidadania e não atropelada pela economia. Cita os filmes de Silvio Tendler, O Veneno está na Mesa e a Bolsa ou a Vida, como documentários insuperáveis na forma e conteúdo.

Dom Mauro Morelli

O voto favorável de Dom Mauro Morelli é mais um estímulo para o cineasta seguir em frente na sua candidatura. “A paz é a meta e a transversalidade o caminho. Em 2023 lembraremos do Chile de Salvador Allende, de Pablo Neruda, Victor Jara e Josué de Castro. Uma pessoa, uma causa não morre quando não é esquecida. Nossa luta é universal e a UNESCO pode ser o ponto de encontro de todas as artes, ciência, cultura, educação e tecnologia”, afirma Silvio Tendler.

Em toda sua trajetória no episcopado Dom Mauro Morelli teve atuação destacada na área social, sobretudo na questão da fome e miséria. Foi responsável pelo projeto Fome Zero e Ação da Cidadania junto com Hebert de Souza, o Betinho e membro do Comitê Permanente de Nutrição da ONU, entre outras atuações de destaque. Atualmente reside na cidade de São Roque de Minas, na Serra da Canastra e é bispo emérito residente da Diocese de Luz. Em seu perfil no twitter publicou seu apoio a Silvio Tendler e define-se como um peregrino em busca de um mundo novo com a Diaconia Franciscana Arca de Noé – Instituto Hárpia Harpyia.

Por que Silvio Tendler é candidato a Embaixador do Brasil na UNESCO?

” A arte não muda o mundo. Influencia as pessoas que mudam o mundo”, Silvio Tendler. A frase é do ‘cineasta dos sonhos interrompidos’ e também pensamento de todos que fazem parte dos Estados Gerais da Cultura, que apoiam a sua candidatura para Embaixador do Brasil na UNESCO. “A vida hoje exige uma transversalidade que a globalização na qual vivemos, faz da UNESCO, o organismo internacional adequado para construir esse debate que íntegra arte, educação, ciência e tecnologia”, afirma ele.

“Por que sou candidato a Embaixador na UNESCO?

Um dos fundadores da Unesco e um dos seu mais marcantes diretores foi o químico, Paulo Carneiro.
Faz parte dos costumes que o Embaixador Brasileiro não seja necessariamente um embaixador de cadeira.Posto em tempos recentes a Embaixada foi ocupada pelo cientista Israel Vargas, que substituiu o escritor e jornalista Fernando Pedreira.Sou candidato a embaixador Brasileiro na UNESCO para defender internacionalmente um projeto para o cinema cultural, que a cada dia tem menos espaço nas salas de arte, filmes imprensados pela indústria do entretenimento e guetificados em espaços restritos.A UNESCO foi fundamental para o cinema cultural no pós guerra e no estímulo aos cineclubes na formação de plateias e cineastas.Quero ajudar a desenvolver esse trabalho internacional e aos 72 anos de idade com ampla obra de criação premiada mundo afora, 41 anos como professor universitário e gestor público, ocupando diversos cargos na área cultural, me apresento como candidato a Embaixador do Brasil na  UNESCO.”

Silvio Tendler é um dos mais renomados documentaristas brasileiros e produziu filmes que são relatos e análises preciosas dos mais importantes momentos da história política e social de nosso país. Filmes memoráveis como Jango, Os anos JK, Militares da democracia, Privatizações: a distopia do capital e O veneno está na mesa e os mais recentes: A Bolsa ou a Vida e Saúde tem Cura. Todos podem ser assistidos no Youtube, no canal Caliban, cinema e conteúdo.

O cineasta dos ‘sonhos interrompidos’, como é conhecido pelos temas de seus filmes que destacam personalidades que não conseguiram concretizar seus projetos utópicos em prol de um mundo melhor, provocou um despertar entre artistas, intelectuais e profissionais. Um chamamento para que saíssem do estado de passividade e reagissem contra a destruição cultural no país. Uma convocação, um convite que resultou nos Estados Gerais da Cultura.

O movimento criado em 2020 – durante a pandemia, é amplo e plural em defesa da arte e cultura como valores coletivos, públicos, um direito constitucional e universal. Fazem parte dele artistas, intelectuais, profissionais e todos que acreditam na arte como meio de transformação social. “Somos pela liberdade e a paz dos povos, sem distinção de raça, credos e nacionalidade. Nosso lema é: ‘Com arte, ciência e paciência mudaremos o mundo’”.

“A gente está num momento de recriação do nosso Universo, do mundo como um todo. Estamos precisando lutar de forma internacional contra as guerras hoje simbolizadas, sobretudo pela Rússia e pela Ucrânia. Mas têm muitas guerras pelo mundo. Você tem hoje o drama dos imigrantes, que é universal, o drama da fome. Acho que a UNESCO pode ajudar nisso tudo, não como um órgão burocrático, mas sim como um órgão que atua na recriação de um mundo de paz e para promover a paz no mundo, deve-se passar  por tudo que a instituição trata – arte, ciência, educação e tecnologia. Para isso, precisamos trabalhar de forma conjunta e integrada com essas áreas e reviver e lutar, sobretudo por uma coisa que foi muito trabalhada pelo UNESCO nos anos 70, que foi a democratização da informação. Tem tudo a ver com os princípios dos Estados Gerais da Cultura. Quando pensei nos EGC, pensei muito na UNESCO. Nós fizemos durante um ano ou mais, durante a pandemia, uma espécie de UNESCO. Ouvimos cientistas, políticos, pesquisadores, artistas, com poucos meios que tínhamos e provocamos o debate. Assim, quero fazer de forma internacional”.

Jango -Como, Quando e Por que se derruba um presidente

O momento político é apropriado e oportuno para debater sobre o ‘filme Jango’, que está na pauta do Cineclube Muiraquitã, para esta terça-feira às 19:30, num encontro online pelos canais do Youtube da Rádio Navarro e dos Estados Gerais da Cultura. Assistí-lo é fundamental para entender a história política brasileira e como se processa nos bastidores um golpe de Estado. Jango é um dos documentários mais emblemáticos dos filmes já produzidos por Silvio Tendler. Não deixe de assistí-lo (clique aqui.), antes de participar do debate.

Duas semanas antes de morrer em 21 de junho de 2004, no Rio, aos 82 anos, Leonel Brizola chamou Denize Goulart, filha do presidente João Goulart, para lhe pedir perdão por ter insistido com o presidente deposto, em 1964, para que resistisse ao golpe militar. ‘Resistir teria sido um erro e, hoje, reconheço que Jango tinha razão’, disse Brizola à sobrinha.

Jango e Brizola não se falaram durante 12 anos e a filha de Jango revelou a conversa pela primeira vez em público durante o debate virtual do Cineclube Macunaíma da ABI, em fevereiro de 2021.O fato aconteceu após a apresentação do documentário Jango, do cineasta Silvio Tendler, que rodou também um filme sobre Brizola.

Jango volta a ser exibido on line no Cineclube Muiraquitã, 54 anos após o decreto do AI-5 nessa data. O filme foi lançado em 1984, tem 117 minutos e mostra a trajetória política de João Goulart, o 24º presidente brasileiro, deposto por um golpe militar nas primeiras horas de 1º de abril de 1964.

Goulart era popularmente chamado de “Jango”, daí o título do filme, lançado exatos vinte anos após o golpe, em 1984. A reconstituição da trajetória de Goulart é feita através da utilização de imagens de época e de entrevistas com importantes personalidades políticas como Afonso Arinos, Leonel Brizola, Celso Furtado, Frei Betto e Magalhães Pinto, entre outros.

Foi também exibido em 1984 na Campanha das Diretas que resgatou a imagem de Jango, mostrando-o como um político hábil e que tomou a atitude certa ao deixar o cargo, exilando-se no Uruguai com a família. Às 19h30, haverá o debate sobre o filme com a participação do diretor Silvio Tendler que sente muita falta do ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro Leonel Brizola, mas acredita que o presidente deposto estava certo ao evitar um “banho de sangue” no país. Participam ainda o político João Vicente Goulart, filho de Jango; a socióloga Bárbara Goulart, neta do ex-presidente; Denize Goulart, mãe de Bárbara e filha de Jango; e o jornalista e escritor Cid Benjamin que será o mediador.

Debatedores

Debatedores Silvio Tendler – é o cineasta com mais de 300 documentários em seu currículo e, além de Jango, filmou, entre eles, JK, Tancredo e seu último filme é sobre o SUS durante a pandemia: A saúde tem cura.. Silvio pertence também à Academia Carioca de Letras e, este mês, fez seu depoimento para a posteridade no Museu da Imagem e do Som.

João Vicente Goulart – é político e filósofo e foi um dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista, ao lado do seu tio Leonel Brizola. É fundador e atual presidente do Instituto João Goulart, que tem objetivo voltado para a pesquisa histórica e à reflexão sobre o processo político brasileiro em prol da soberania nacional. Exerceu um mandato de deputado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em 1982, pelo PDT e fez oposição quando o governo do Distrito Federal barrou a construção do Memorial da Liberdade e Democracia Presidente João Goulart.

Bárbara Goulart – é doutora em Sociologia pela UFRJ e na École des Hautes Études de Paris, mestre e bacharel em Ciências Sociais pelo CPDOC da Fundação Getúlio Vargas e pesquisadora de pós-doutorado no IESP da UERJ. Sua tese de doutorado “O passado em Disputa: Memórias Políticas sobre João Goulart” foi publicada em livro este ano pela Editora 7 Letras. Bárbara também foi co-diretora e co-roteirista do documentário “Terra Revolta: João Pinheiro Neto e a Reforma Agrária” que será lançado no próximo ano.

Denize Goulart – é historiadora formada pela PUC/RJ e também dirige o Instituto João Goulart que difunde a memória de Jango, o único presidente brasileiro a morrer no exílio. Denize também dirigiu o filme Dossiê Jango e produziu Jango.

Cid Benjamin – é jornalista e escritor e em seu livro Gracias a la vida conta o sequestro do embaixador norte-americano Burke Elbrick, em 1969, do qual participou, além de sua prisão, tortura, exílio e volta ao Brasil. É ainda autor de outros livros e, entre eles, O ovo da Serpente: a Ameaça Neofascista no Brasil de Bolsonaro.

“Eles não usam Black-tie” no Cineclube MuiraquitÃ

O bate papo no Cineclube Muiraquitã desta terça-feira, às 19:30, será sobre um filme brasileiro que marcou época na década de 80 e foi destaque no Festival de Veneza, além de ter conquistado outros prêmios internacionais. “Eles não usam Black-tie”, de Leon Hirszman, baseado na peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri, aborda os conflitos, contradições e anseios da classe trabalhadora no final dos anos 1970, no período da ditadura militar no país. O cineasta Silvio Tendler, a atriz Bete Mendes, que participou do filme, e a crítica de arte Maria Hirszman, filha do diretor, são os convidados para o debate que será mediado pelo jornalista e escritor Cid Benjamin. O encontro realizado nos canais do EGC e da Rádio Navarro, no Youtube.

O ator já falecido Gianfrancesco Guarnieri é um pai, militante e corajoso, que entra em conflito com o filho (Carlos Alberto Riccelli), dividido entre suas aspirações por uma vida pequeno-burguesa ao lado da noiva Maria (Bete Mendes) e as exigências do movimento grevista. Guarnieri compôs com Fernanda Montenegro o casal que proporcionou um dos momentos de maior expressividade do cinema: a cena em que ambos, desolados por causa da ruptura com o filho e pela morte do amigo Bráulio (Milton Gonçalves) se põem a catar feijão. Clique para assistir o filme a partir das 10 horas desta terça feira (15).

FILME E CINEASTA

O Muiraquitã, criado pelo cineasta Silvio Tendler, tem apoio do Estados Gerais da Cultura, da Rádio Navarro e dos jornalistas Zezé Sack, Vera Perfeito, Antero Cunha, Humberto Navarra, Marcus Miranda, Janine Malansky, Moema Coelho, Andrea Penna e Cid Benjamin.

Leon Hirszman foi um dos principais expoentes do movimento Cinema Novo. Militante do Partido Comunista Brasileiro, sua obra é marcada pela influência de teses marxistas centrais nos debates políticos da América Latina e pela representação politizada da classe trabalhadora, caso do filme em debate.

Fez dezenas de outros filmes importantes como o longa de ficção A Falecida, uma adaptação de Nelson Rodrigues, sobre a alienação das classes populares, um de seus temas preferidos. Realizou também “S. Bernardo”, baseado na história homônima de Graciliano Ramos e “O ABC da Greve”, sobre o movimento operário da região do ABC paulista.

E, em 1981, recebeu a consagração por três prêmios no Festival de Veneza, sendo também indicado ao Leão de Ouro, com o filme “Eles não usam black-tie”, “Eles não usam black-tie”. Recebeu outros importantes troféus como: Grande Prêmio Coral Negro no 3º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, em 1981; Grande Prêmio do Festival dos Três Continentes e Espiga de Ouro do Festival Internacional de Vallodolid, também em 1981, além do Prêmio Air France de 1982.

O cineasta teve um papel extremamente importante na afirmação do cinema brasileiro e deixou vários textos onde se pode ler reflexões sobre as condições da produção cinematográfica no Brasil, o mercado nacional e sua respectiva legislação de proteção, a Embrafilme, as correntes de criação cinematográfica e o cinema político. Leon morreu em 1987, aos 50 anos, deixando três filhos: Irma, João Pedro e Maria.

Do debate participam o cineasta Silvio Tendler com mais de 300 documentários em seu currículo. Entre eles, Jango, JK e Saúde tem cura.

Maria Hirszman é repórter, crítica de artes plásticas e cuida da obra cinematográfica de seu pai, Leon Hirszman.

Bete Mendes, atriz do filme e de diversas novelas é também ex-deputada federal que lutou contra a ditadura, foi presa e torturada pelo coronel Brilhante Ustra a quem acusou publicamente durante uma visita ao Uruguai onde ele era adido militar. Foi ainda uma das fundadoras do PT e dirigiu diversos órgãos culturais no Rio e em São Paulo.

Cid Benjamin é jornalista, professor e escritor, tendo diversos livros em seu currículo e, entre eles, Gracias a la vida, onde conta sua passagem pelo MR-8, a prisão, a tortura, o exílio e a volta ao Rio. Cid foi também vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Vamos falar sobre o SUS! “Saúde tem Cura”

O filme “Saúde tem Cura”, de Silvio Tendler, está na agenda do Cineclube Muiraquità para o debate desta terça-feira (08), às 19:30, com gente que vale a pena ouvir como Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Tattiany Araújo, que viveu na favela do Rato Molhado e luta há mais de 20 anos contra todo tipo de exploração e opressão e também Antero Cunha, advogado e jornalista. O debate poderá ser visto ou pela rádio Navarro (aqui)ou pelo canal do EGC, ambos no Youtube

O documentário recompõe todo o histórico de criação do SUS, sua importância como o maior projeto de saúde pública no mundo. É um filme que estimula o brasileiro a defender seu bem mais precioso e gratuito e exigir do poder público mais investimentos. #euamoSUS.

Roteiro excelente, ilustração, depoimentos e argumentação ao documentar a história, destacar a importância ao comparar o povo brasileiro sem assistência médica gratuita no passado, com hoje, cujo avanço em programas de vacinação, transplantes, e controle de doenças crônicas mudou nos números e mortalidade.  Isso sem citar as campanhas de vacinação que salvaram milhares de crianças e a atuação do SUS na pandemia.

Margareth Dalcolmo, além de pesquisadora da Fiocruz, ocupa a cadeira 12 da Academia Nacional de Medicina e é membro do Grupo de Peritos para aprovação de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS). Fez mais de 500 intervenções nas TVs, rádios e jornais nos últimos dois anos, tornando-se uma das mais importantes vozes no combate e prevenção à Covid-19. É a investigadora principal do Brace Trial Brasil, da Fiocruz que avalia a eficácia da vacina BCG para reduzir o impacto da Covid-19 em trabalhadores da saúde.

Tattiany Araújo esteve sempre ao lado dos trabalhadores, mulheres, negros e LGBTs. Foi a primeira diretora de mulheres da União Brasileira dos Estudantes Secundarista (UBES), fez parte das articulações que levaram mulheres às ruas cariocas. É funcionária do INCA e defensora da saúde pública com qualidade.

Antero Cunha – é advogado e jornalista e trabalhou em rádios e jornais do Rio e São Paulo como Jornal do Brasil e Estado de São Paulo, e também um aficionado por cinema.

A Bolsa ou a Vida – qual é a escolha? Debate no Cineclube MuiraquitÃ

Um debate que mostrará ao público quanto vale a Vida no cassino financeiro para aquele que escolher a Bolsa… A cantautora Katya Teixeira, que participou da trilha sonora do filme A Bolsa ou a Vida, faz essa pergunta no início da sua canção. Beleza de música! É nesta terça-feira (01), às 19:30, que o cineclube MuiraquitÃ, do EGC, em parceria com a Rádio Navarro, promove um debate imperdível sobre esse documentário de Silvio Tendler feito durante o período de pandemia no Brasil. O economista Eduardo Moreira, o Soca, idealizador da Casa da Cultura na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, Silvio Tendler, Hélène Pailhous, e as apoiadoras Zeze Sack, Vera Perfeito, Moema Coelho, Janine Malanski. Uma parceria de Estados Gerais da Cultura e Rádio Navarro, farão a análise sobre o documentário.

Nem o isolamento por conta da pandemia foi capaz frear a inquietação do genial cineasta, seu pensamento crítico, utopias, sensibilidade diante das desigualdades sociais que não o deixam parar de documentar, sobretudo nesse momento sombrio na história da humanidade. O seu isolamento foi apenas físico, considerando que nunca esteve tão presente e ativo no mundo virtual. Pela internet coordenou ações, entrevistou, definiu filmagens, dados, vivências, opiniões nacionais e internacionais, para denunciar um sistema genocida que valoriza mais o mercado financeiro do que a vida.

Os entrevistados mostram a realidade nua e crua. Emocionam inúmeras vezes como o Padre Júlio Lancellotti que conta de uma família de moradores de rua e onde vivem penduraram um crucifixo num poste luz. “Apesar da miséria absoluta, eles têm fé”.

A indignação aflora quando Rita Von Hunty, professora e celebridade Drag Queen, fala que o número de bilionários no planeta conseguiriam acabar com a pobreza do dia para noite vezes sete. 

A reflexão surge quando a indígena Márcia  Mura, nos remete a ditadura de costumes e hábitos impostos pelo colonizador. Quando o  chefe do povo indígena Suruí, Almir Narayamoga, reconhece que a Terra e Água não podem ser privatizadas. A revolta é inevitável quendo o economista americano,  Jeffrey Sachs, fala sobre a fortuna de Jeff  Bezos, proprietário da Amazon, que cresceu em 2020 em 80 bilhões de dólares

‘Saúde tem cura’. Filme feito para todo brasileiro lutar pelo SUS

‘Saúde tem cura’ é o mais recente filme do cineasta Silvio Tendler, que emociona ao mostrar a luta histórica para criar o Sistema Único de Saúde (SUS). Não para por aí, vai mais além…É um filme que estimula o brasileiro a defender seu bem mais precioso e gratuito. #euamoSUS.

Silvio Tendler na estréia na Rio de Janeiro. Atrás a equipe que participou da elaboração do filme: Lilia Diniz, Ana Rosa Tendler, Taynara Mello, Tao Burity, Bruno Karvan. foto by Lilia Diniz

Roteiro excelente, ilustração, depoimentos e argumentação ao documentar a história, destacar a importância ao comparar o povo brasileiro sem assistência médica gratuita no passado, com hoje, cujo avanço em programas de vacinação, transplantes, e controle de doenças crônicas mudou nos números e mortalidade.  Isso sem citar as campanhas de vacinação que salvaram milhares de crianças e a atuação do SUS na pandemia.

Um filme que convence o brasileiro a lutar por sua manutenção e exigir do poder público mais investimentos. Tenho certeza disso, mesmo reconhecendo as lacunas e falhas do sistema.

O SUS é maior projeto de saúde pública do mundo. O brasileiro que ama seu próximo e defende a igualdade social dirá NÃO com todas as letras a sua privatização. 

‘Saúde tem Cura’ foi realizado em parceria com a Cebes e apoio da Fiocruz.  O documentário está disponível no canal de Youtube da produtora cinematográfica Caliban. Um filme que  aborda a potência e as fragilidades do Sistema Único de Saúde (SUS), o único sistema de saúde do mundo que atende a mais de 190 milhões de pessoas gratuitamente.  Conta com depoimentos de profissionais que participaram da sua criação; de médicos como Drauzio Varella, Paulo Niemeyer e Margareth Dalcolmo; de profissionais que atuam no dia a dia do sistema; de representantes da sociedade civil e de usuários”.