Desengaveta Rodrigo

Quando no futuro perguntarem aos nossos descendentes como conseguimos conviver com os genocidas que nos governam, dificilmente eles terão alguma explicação convincente. Pigarrearão e tentarão mudar de assunto.


Como explicar no futuro a reforma da previdência, a reforma trabalhista, o engavetamento de tantos pedidos de impeachments, como se o Estado brasileiro formasse um arquipélago de ilhas governadas por decisões monocráticas.


Quem conseguirá explicar que no coração da Amazônia, pulmão do mundo, as pessoas morrem asfixiadas por falta de oxigênio? Não se trata de uma metáfora desses filmes de ficção científica, através dos quais as pessoas são docilizadas por medo do futuro. Está acontecendo hoje, aqui, agora. Logo ali na Amazônia.


O país está se esfarinhando… e seguimos imobilizados. Precisamos de organização popular para enfrentarmos os genocidas. 

Precisamos de um projeto de reconstrução nacional para antagonizar o neoliberalismo criminoso.
Pela reconstituição do Estado de Bem estar Social, em Defesa do Sistema Ũnico de Saúde (SUS), da Pesquisa científica, artística, cultural e educacional financiada pelo Estado.


Pela reconstituição do Ministério da Cultura com funções de Estado. Cobrar o assédio moral praticado por gestores de órgãos públicos contra funcionários.


Eles asfixiaram as atividades artísticas e culturais, acadêmicas e científicas porque sabem que não somos cúmplices e estamos denunciando as necropolíticas  praticadas por Guedes, Salles, Araujo e demais da alcatéia de predadores e propomos a construção de um mundo mais justo, fraterno e solidário, onde a centralidade deve ser o ser humano e a natureza, não o cassino financeiro.

Pelos direitos sociais estendidos a todos e todas trabalhadores e trabalhadoras nas artes e na Cultura. Pelo reinício do financiamento público de todos os PROJETOS ARTÍSTICO-CULTURAIS.


Os Estados Gerais da Cultura, a Escola Superior de Paz e o Cineclube Muiraquitã assinam o pedido do Impeachment do capitão genocida com um grito: “Desengaveta Rodrigo!”. Antes tarde do que nunca!

Texto: Silvio Tendler

Pensata lida pelo ator Eduardo Tornaghi no encontro com Bira Carvalho – Fotografia e acessibilidade na periferia