Como furar a bolha e sair do quadrado?

Os Estados Gerais da Cultura retomam a sua pauta inicial com “Arte, Ciência e Paciência mudaremos o mundo” e juntos propõem a todos “sair da nossa bolha, da nossa caixinha”, como diz o cineasta Silvio Tendler, que motivou a criação do coletivo e ir em busca de um futuro melhor, principalmente num mundo que inventa e faz guerras. Nada melhor que estimular um debate sobre que futuro esperamos ou queremos construir para nós, junto com o professor, João Cézar de Castro Rocha, autor do livro Guerra Cultural e Retórica do Ódio, e com a filósofa e psicanalista Márcia Tiburi. Eles irão trazer suas experiências e ideias e você também poderá participar e contribuir com nossa proposta neste domingo (20), às 17h!

Um chamamento necessário e fundamental na visão do cineasta Silvio Tendler e que faz sentido para artistas, intelectuais e toda as gentes que integram o coletivo porque é o retorno ao rumo original dos Estados Gerais da Cultura. “Agora que o mundo está convulsionado em guerra e considerando que o EGC nasceram propondo a ESCOLA SUPERIOR DE PAZ ao invés da Escola Superior de Guerra, FORÇAS AMADAS no lugar das Forças Armadas, está na hora de pensar no futuro”, conclama Tendler. “Por algum tempo ficamos presos às pautas semelhantes a tantos movimentos e organizações que existem e que em quase todas e todos essas pautas são motivo de militância. Vamos tentar sair do nosso quadrado e alcançar o futuro”.

João Cézar de Castro Rocha é professor titular de Literatura Comparada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É Doutor em Letras pela UERJ (1997) e em Literatura Comparada pela Stanford University (2002), pesquisador 1D do CNPq e foi Presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC, 2016-2017). Seu trabalho foi traduzido para o inglês, mandarim, espanhol francês, italiano e alemão. Autor de 13 livros, entre os quais Guerra Cultural e retórica do ódio. Crônicas de um Brasil póspolítico (Editora Caminhos, 2020).

Márcia Tiburi é uma filósofa, artista plástica, professora universitária, escritora e política brasileira. É autora de obras importantes do pensamento crítico contemporâneo, tais como Complexo de vira-lata (Civilização Brasileira, 2021), Feminismo em comum: para todas, todes e todos (Rosa dos Tempos, 2018), Ridículo político: uma investigação sobre o risível, a manipulação da imagem e o esteticamente correto (Record, 2017) e Como conversar com um fascista: reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro (Record, 2015). Atualmente leciona na Universidade Paris 8 e se dedica à literatura e às artes visuais.

Barbatuques é reconhecido mundialmente pela música e percussão corporal. O grupo estará no encontro com Marcia e João Cézar para mostrar que a arte transforma e torna o mundo mais bonito. A música do grupo é produzida apenas com o corpo: palmas, estalos, vozes, pés e diversas outras técnicas que criaram, resultando em uma sonoridade singular e impactante.

No palco, o Barbatuques traz um show com repertório especial, que circula por todos os trabalhos já lançados pelo grupo. Clássicos dos primeiros discos como Baianá (hit que ganhou o mundo), Barbapapa´s groove, Carcará e Baião Destemperado, juntam-se ao repertório mais recente que traz músicas como Ayú, Skamenco, Kererê e Você Chegou (Rio 2). Um apanhado rítmico que representa a sonoridade do grupo desde a sua criação. O grupo se apresenta pelo mundo, fazendo shows para todos os públicos, oficinas e atividades pedagógicas para perfis variados e projetos para crianças.